Crítica: 'Saw VI – Jogos Mortais' - Let the final game begin…
Sexto filme da qual já é a mais rentável saga de terror de sempre do cinema, feito já distinguido pelo Guinness World Records na última Comic Con em San Diego. A franchise de Saw já somou até ao momento um recorde de 733 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais. Saw VI, ainda que bastante atrasado em relação à estreia americana, chega-nos aos cinemas portugueses em pleno mês de Agosto para nos fazer suar ainda mais. Prova viva(?) disso, é a armadilha em que um dos posters é baseado: o famoso ‘carrossel’.
Ao sexto capitulo, e depois de quatro realizadores e outros tantos argumentistas, digamos que a esperança era pouca e a expectativa baixa, ainda para mais após um quinto filme bastante fraco que veio confirmar o decréscimo de qualidade da série. Dava mesmo a entender que de facto já não havia muito mais a contar, ou se houvesse seria inútil. No entanto, pode-se muito bem adiantar e afirmar que surpreendentemente este sexto filme é uma das melhores sequelas que a saga já nos apresentou até ao momento, juntamente com o Saw III, e que de certo não desiludirá a maioria dos fãs. Quando parecia que Saw se encaminhava na direcção errada, este novo capitulo veio dar-lhe o rumo certo à mitologia da saga. Este é um filme que dá novo fôlego a uma saga já com marcas de cansaço… Que já merecia um final digno e que este filme, se tivesse mais 15 minutos, seria o ideal para o oferecer ao invés de deixar o final em aberto.
A estreia do realizador Kevin Greutert, que já pertencia à equipa técnica dos filmes anteriores, curiosamente tal como David Hackl que realizou o filme anterior mas que foi substituído, é simples e eficaz e mais próximo dos primeiros filmes, isto é das realizações de James Wan (o criador da série e que sempre acompanhou a produção em todos os filmes) e Darren Lynn Bousman (realizador de três filmes consecutivos da saga). Tal facto veio talvez comprovar que David Hackl para Saw V foi se calhar uma má opção por parte dos estúdios. O argumento ajuda bastante e é escrito novamente pela dupla Patrick Melton e Marcus Dunstan, que parecem aqui ter acertado à terceira tentativa. Basicamente o centro do narrativa gira muito e de novo nos eventos passados mais marcantes e decisivos mas leva-os a outras direcções. Aqui pode-se muito bem referir que são os flashbacks o trunfo deste novo filme, apesar de já terem sido bastantes usados nas sequelas. Alguns acontecimentos já são familiares mas são sempre bom de lembrar, mas outros, mais relevantes, atam as pontas soltas enriquecendo a linha de tempo do passado de Jigsaw, culminando em dois twists finais, um deles, ainda que previsível, bastante esperado já que se vêm antecipando deste o início do quarto filme.
Se alguns flashbacks não estivessem aqui presentes, é certo que não sentiríamos a falta dos ditos, mas são estes pequenos pormenores que enriquecem a narrativa e nos fazem lembrar o porquê de após seis filmes ainda gostamos desta série. Porque Saw é muito mais do que uma saga de filmes de tortura, foi criada por James Wan a partir de uma narrativa forte, tensa e original dentro do género de terror, e é disso que devia viver, e apesar de se ter tornado repetitiva em alguns momentos é um marco no cinema de terror americano, que tão pouca qualidade têm mostrado ultimamente. Saw até pode não acabar bem com o último filme, mas é inegável que é A saga de terror desta década.
O argumento então enriqueceu, a narrativa compôs-se e até as interpretações parecem ter ficado mais sólidas e com mais química entre os protagonistas principais e secundários. Destaque óbvio, e como sempre, para Tobin Bell como John Kramer ou como é também conhecido pelo serial killer Jigsaw. Costas Mandylor, que tal como os filmes anteriores, parece mais saído de um episódio de CSI. Betsy Russell como Jill Kramer é finalmente merecedora de mais destaque e protagonismo neste filme. Mark Rolston e Athena Karkanis marcam regresso no restante elenco como a dupla de agentes do FBI, e – ainda que apenas em flasbacks – Shawnee Smith como Amanda.
Neste novo capitulo, o agente Mark Hoffman (Costas Mandylor) continua o legado de Jigsaw. Sendo actualmente o único discípulo restante, Hoffman segue o trabalho de vingança pessoal, espalhando a mensagem pelo mundo fazendo assim a última vontade do seu ‘mestre’. O famoso baú que John Kramer deixou à sua mulher Jill como ‘herança’ também é aqui um factor importante já que contêm os planos para o esquema final, que é aqui neste capitulo finalmente compreendido.
Curiosamente, o filme têm uma critica muito directa e forte ao sistema de saúde norte-americano. A vítima principal, Dr. William (Peter Outerbridge), é vice-presidente de uma agência de seguros e a sua equipa faz tudo por tudo para encontrar falhas nas fichas médicas dos seus clientes para negar os seguros dos doentes, muitos à beira da morte. Mas agora William para sobreviver têm que se sacrificar em prol dos outros, e aprender que a vida não se resume a uma simples equação matemática, percebendo assim que as decisões de que toma, ou seja quem vive ou morre, quando confrontadas cara a cara, não é tão fácil como julgava ser.
Sem desconfianças, Saw VI não desiludirá a maioria dos fãs da saga e deixa-nos então com expectativas para o sétimo (e último?) filme, ou como também é conhecido como Saw 3D, mas deixa-nos também com um travo de descontentamento por parecer uma saga que parece não ter fim à vista. Portanto pela mesma equipa que nos apresentou este mais recente capitulo, as armadilhas mortais de Saw regressam em 3D ainda este ano, já que estreia nos Estados Unidos da América a 22 de Outubro e novamente à beira do Halloween onde por esta altura já se tornou tradição.
“You think it’s the living that will have ultimate judgment over you, because the dead will have no claim over your soul. But you may be mistaken.” (Jigsaw)
Ao sexto capitulo, e depois de quatro realizadores e outros tantos argumentistas, digamos que a esperança era pouca e a expectativa baixa, ainda para mais após um quinto filme bastante fraco que veio confirmar o decréscimo de qualidade da série. Dava mesmo a entender que de facto já não havia muito mais a contar, ou se houvesse seria inútil. No entanto, pode-se muito bem adiantar e afirmar que surpreendentemente este sexto filme é uma das melhores sequelas que a saga já nos apresentou até ao momento, juntamente com o Saw III, e que de certo não desiludirá a maioria dos fãs. Quando parecia que Saw se encaminhava na direcção errada, este novo capitulo veio dar-lhe o rumo certo à mitologia da saga. Este é um filme que dá novo fôlego a uma saga já com marcas de cansaço… Que já merecia um final digno e que este filme, se tivesse mais 15 minutos, seria o ideal para o oferecer ao invés de deixar o final em aberto.
A estreia do realizador Kevin Greutert, que já pertencia à equipa técnica dos filmes anteriores, curiosamente tal como David Hackl que realizou o filme anterior mas que foi substituído, é simples e eficaz e mais próximo dos primeiros filmes, isto é das realizações de James Wan (o criador da série e que sempre acompanhou a produção em todos os filmes) e Darren Lynn Bousman (realizador de três filmes consecutivos da saga). Tal facto veio talvez comprovar que David Hackl para Saw V foi se calhar uma má opção por parte dos estúdios. O argumento ajuda bastante e é escrito novamente pela dupla Patrick Melton e Marcus Dunstan, que parecem aqui ter acertado à terceira tentativa. Basicamente o centro do narrativa gira muito e de novo nos eventos passados mais marcantes e decisivos mas leva-os a outras direcções. Aqui pode-se muito bem referir que são os flashbacks o trunfo deste novo filme, apesar de já terem sido bastantes usados nas sequelas. Alguns acontecimentos já são familiares mas são sempre bom de lembrar, mas outros, mais relevantes, atam as pontas soltas enriquecendo a linha de tempo do passado de Jigsaw, culminando em dois twists finais, um deles, ainda que previsível, bastante esperado já que se vêm antecipando deste o início do quarto filme.
Se alguns flashbacks não estivessem aqui presentes, é certo que não sentiríamos a falta dos ditos, mas são estes pequenos pormenores que enriquecem a narrativa e nos fazem lembrar o porquê de após seis filmes ainda gostamos desta série. Porque Saw é muito mais do que uma saga de filmes de tortura, foi criada por James Wan a partir de uma narrativa forte, tensa e original dentro do género de terror, e é disso que devia viver, e apesar de se ter tornado repetitiva em alguns momentos é um marco no cinema de terror americano, que tão pouca qualidade têm mostrado ultimamente. Saw até pode não acabar bem com o último filme, mas é inegável que é A saga de terror desta década.
O argumento então enriqueceu, a narrativa compôs-se e até as interpretações parecem ter ficado mais sólidas e com mais química entre os protagonistas principais e secundários. Destaque óbvio, e como sempre, para Tobin Bell como John Kramer ou como é também conhecido pelo serial killer Jigsaw. Costas Mandylor, que tal como os filmes anteriores, parece mais saído de um episódio de CSI. Betsy Russell como Jill Kramer é finalmente merecedora de mais destaque e protagonismo neste filme. Mark Rolston e Athena Karkanis marcam regresso no restante elenco como a dupla de agentes do FBI, e – ainda que apenas em flasbacks – Shawnee Smith como Amanda.
Neste novo capitulo, o agente Mark Hoffman (Costas Mandylor) continua o legado de Jigsaw. Sendo actualmente o único discípulo restante, Hoffman segue o trabalho de vingança pessoal, espalhando a mensagem pelo mundo fazendo assim a última vontade do seu ‘mestre’. O famoso baú que John Kramer deixou à sua mulher Jill como ‘herança’ também é aqui um factor importante já que contêm os planos para o esquema final, que é aqui neste capitulo finalmente compreendido.
Curiosamente, o filme têm uma critica muito directa e forte ao sistema de saúde norte-americano. A vítima principal, Dr. William (Peter Outerbridge), é vice-presidente de uma agência de seguros e a sua equipa faz tudo por tudo para encontrar falhas nas fichas médicas dos seus clientes para negar os seguros dos doentes, muitos à beira da morte. Mas agora William para sobreviver têm que se sacrificar em prol dos outros, e aprender que a vida não se resume a uma simples equação matemática, percebendo assim que as decisões de que toma, ou seja quem vive ou morre, quando confrontadas cara a cara, não é tão fácil como julgava ser.
Sem desconfianças, Saw VI não desiludirá a maioria dos fãs da saga e deixa-nos então com expectativas para o sétimo (e último?) filme, ou como também é conhecido como Saw 3D, mas deixa-nos também com um travo de descontentamento por parecer uma saga que parece não ter fim à vista. Portanto pela mesma equipa que nos apresentou este mais recente capitulo, as armadilhas mortais de Saw regressam em 3D ainda este ano, já que estreia nos Estados Unidos da América a 22 de Outubro e novamente à beira do Halloween onde por esta altura já se tornou tradição.
“You think it’s the living that will have ultimate judgment over you, because the dead will have no claim over your soul. But you may be mistaken.” (Jigsaw)
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