quarta-feira, 27 de maio de 2009

Let the Right One In - Review

Ficha técnica:
Título: Deixa-me Entrar
Título original: Låt den rätte komma in (aka Let the Right One In)
Realizador: Tomas Alfredson
Argumento: John Ajvide Lindqvist
Elenco: Kåre Hedebrant, Lina Leandersson, Per Ragnar, Henrik Dahl...
Género/Classificação: Terror, Drama - M16
País/Ano: Suécia, 2008
Duração: 114 min
Links: Site Oficial | IMDB

Finalmente chega-nos ás salas nacionais ‘Deixa-me Entrar’ no seu titulo em português, 'Låt den rätte komma in' no seu original ou como é mais conhecido internacionalmente por ‘Let the Right One In’. O titulo do filme, assim como a sua obra original, para além de ser inspirado no facto dos vampiros não poderem entrar em casas sem serem convidados, é também uma referência à música de Morrisey 'Let the Right One Slip In'. Após uma passagem pelo IndieLisboa de 2008 e pela mostra de Sci-Fi de Lisboa, o filme têm finalmente a sua estreia nacional após os vários e sistemáticos adiamentos, por vezes irritantes.


O filme sueco, realizado por Tomas Alfredson e baseado na obra original e homónima do seu compatriota John Ajvide Lindqvist - que também assina o argumento - foi certamente o filme europeu mais falado do ano passado. Aclamado mundialmente tanto pelo critica como pelo publico e arrecadando vários prémios dos mais diversos festivais de cinema fantástico, incluindo o prestigiado Méliès d'Or como o melhor filme fantástico europeu. (Ver na IMDB os palmarés do filme).


Passado na década de 1980 somos apresentados a Oskar, um miúdo de 12 anos que trava uma amizade com a sua nova vizinha, Eli, uma vampira num corpo de miúda. Oskar é um rapaz solitário, frequentemente vitima de bullying na escola. Treina os seus golpes de retaliação nas árvores. Quando conhece Eli a sua vida começa a ganhar sentido.

Quando o género reciclava-se vezes sem conta e não parecia ter mais nada de novo para oferecer numa fórmula já muito gasta, Let the Right One In é um filme fabuloso, singular e surpreendente pela sua originalidade, pela sua frescura na temática sobre vampiros. Mas dizer que este filme é apenas sobre vampiros é ficar longe desta verdadeira obra-prima moderna, deste fantástico drama sobre uma amizade sem limites. Com uma narrativa lenta, adulta e rica nas suas personagens, assistimos a um terror sem exibicionismos, numa perspectiva diferente e tocante, um terror tanto belo e real quanto macabro e brutal. Logo é um filme difícil de caracterizar, para bem ou para o mal, mas uma coisa é certa: não é igual a nada a que já tivemos a oportunidade de assistir.

A realização e a cinematografia são magnificas, quase milimétricas. Aliás todos os aspectos técnicos na produção merecem destaque num filme que se expressa lindamente em termos visuais, desde a luz, os ângulos da câmara, som, tudo combina perfeitamente para o ambiente do filme e para a atmosfera tensa e gótica.


Obrigatório para quem gosta de cinema de terror fantástico, e para quem pensa que já viu de tudo dentro do género na temática sobre vampiros.
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Ponham a cultura pop de 'Twilight' para atrás das costas - já que a saga só tende a melhorar com os próximos dois filmes - e venerem este filme. E, já agora, sobre esta 'nova vaga' da temática, não percam também a série da HBO True Blood, que vai a caminho da segunda season.

Um mais que desnecessário remake americano já se encontra em produção, irá ser realizado por Matt Reeves de 'Cloverfield'.

2 comentários:

Carlos Martins disse...

Remake americano? Ai jasus!
Isso sim, é verdadeiramente assustador! :)

Shivers disse...

Sim, bastante assustador. Infelizmente...

Ainda para mais com o Matt Reeves na realização... :|