quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

'Rocky Balboa' de Sylvester Stallone

O regresso de Rocky Balboa para um último round... Movido por tragédia pessoal, Rocky salta da reforma e de novo para o ringue para um combate de exibição contra o actual campeão do mundo, o invencível Mason "The Line" Dixon, mal amado pelo público e após a polémica de um combate virtual apresentado por um canal desportivo calcular que Rocky de facto ganharia.

Rocky Balboa, escrito e realizado de novo pelo próprio Stallone, é o filme de reconciliação da saga. O final perfeito que mesmo seguindo a mesma fórmula, o filme suporta-se no drama e no conflito familiar do herói. Parecia impossível mas posso dizer que este é mesmo o final merecido para a saga de Rocky, uma verdadeira história de coragem e um dos melhores filmes desde o original de 1976. Um filme de volta ás suas origens, impressionante, poderoso e com uma mensagem de esperança, sobre o homem e não sobre o herói como as suas sequelas o retrataram (à excepção do quinto capítulo).

Stallone, com o aspecto ainda mais envelhecido para o filme, ainda consegue surpreender na sua interpretação de um Rocky bem retratado, convém lembrar que esta personagem é o papel da vida dele. Destaque também para o regresso de Burt Young como Paulie e para Milo Ventimiglia (mais conhecido pela actual série da NBC Heroes) e Geraldine Hughes nos papéis mais secundários.

Há que portanto tirar o chapéu, igual ao do Rocky se preferirem, a Silvester Stallone por surpreender em tudo, nos resultados do filme em termos de bilheteira, no argumento e na realização. Portanto quem imaginaria isto, que passados 30 anos desde o primeiro filme e 17 após o último filme da saga, Rocky V, Rocky sai finalmente pela porta grande.

Rocky Balboa: 8/10

6 comentários:

Sérgio Rodrigues disse...

Só mais um pequena observação: Adorei o cameo de Tyson e as referências aos verdadeiros lutadores, naquele breve momento em que a história se cruza com a realidade.

Anónimo disse...

Primeira vez que visito aqui o seu blog e gostei muito do que vi. Pretendo voltar mais vezes. Quanto a Rocky Balboa, você vê como são as coisas: um ator (na verdade, um astro que marcou uma geração) considerado praticamente acabado para o cinema (opinião, com certeza, críticos maldosos) nos dá a honra de ver um filme que praticamente resume a sua própria história de forma pungente e correta. Quem mais eu oderia dizer sobre o filme? está tudo lá! a música, o treinamento, tudo. Só posso agradecer: Obrigado, Sylvester Stallone.

Meu outro blog:
(http://claque-te.blogspot.com)

Nuno Pedro Fernandes disse...

Como apreciador da série Rocky que sempre fui e sou, tenho a noção de que o meu objecto de apreço esteve muitas vezes longe do nível que se exigia.

Rocky foi o sucesso-surpresa de 1976, um pequeno filme independente que contava a história de um lutador amador e dos seus sonhos de glória. É uma parábola sobre o sonho americano muito bem escrita por Sylvester Stallone e acabou por vencer o Oscar para o melhor filme do ano.

Rocky II ainda era um objecto de cinema bastante interessante. Desenvolvem-se os personagens de Rocky e Adrian e aprofunda-se a relação entre Rocky e Apollo Creed. Uma boa sequela.

Rocky III e Rocky IV foram, para mim, os títulos mais fracos da saga, com tramas demasiado simplistas, previsíveis e com cedências óbvias à era Reagan. Ainda assim, na minha opinião, o facto de Stallone sempre dar primazia aos personagens em deterimento das situações, acaba por manter estas fitas à tona.

Rocky V opta por desenvolver ainda mais as personagens, fazendo-as evoluir temporalmente e confrontando-as com novos desafios. Rocky é já veterano e, perante a perda de todos os seus bens, é obrigado a voltar a Philadelphia com a família e a repensar a sua vida e a relação com o filho. Rocky V é talvez o título mais subestimado da saga mas acaba por ser bastante superior aos dois títulos anteriores em força narrativa.

A expectativa gerada para este último tomo do périplo de Stallone revestiu-se, desde logo de grande expectativa, dada a idade já avançada do actor, a descendente carreira do mesmo e o facto de muitos acharem que Rocky era um personagem desgatado demais para ressugir. Stallone pego novamente nas rédeas do argumento e da realização e nota-se que investiu um esforço e uma dedicação tremendos. Há um carinho que se nota em todo o desenrolar da história de um Rocky agora dono de um restaurante, triste com o falecimento de Adrian e agora também agastado com o afastamento progressivo do filho (Milo Ventimiglia). Continua o mesmo Rocky humilde, mas agora tem necessidade de voltar a combater, ainda que apenas em combates de bairro. Quando se lhe depara a oportunidade de enfrentar o campeão do mundo em título, não é apenas a vitória que está em questão, mas o superar de mágoas e frustrações e a chance de voltar a ser um novo Rocky preparado para olhar o futuro com um sorriso nos lábios.

Rocky Balboa é uma história triste, contada com paciência e calma por um Stallone que já não tem nada a provar a ninguém mas que quer provar a si mesmo que ainda é capaz de muitas e boas coisas. É também uma história de esperança e coragem, não panfletárias, mas sinceras. É também um triunfo a nível formal pois Stallone recuperou as principais marcas dos outros filmes e enquadrou-as aqui de forma perfeita, sem parecerem metidas a martelo. Stallone escreve bem, muito bem e, embora a espaços reparemos num ou outro pormenor que podia ser melhorado, a sensação que fica no final é a de um grande triunfo do Sly argumentista, realizador e até actor.

Os mesmos críticos que gozaram este regresso, aplaudiram-no de pé depois de o verem rendendo-se às evidências. E o público provou mais uma vez que nunca abandona os seus heróis mais queridos fazendo deste ROCKY BALBOA um, para muitos, inesperado sucesso de bilheteira. Só apetece mesmo gritar a plenos pulmões: YO ADRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNNN!!!

Anónimo disse...

Agradeço desde já os vossos comentários.

Roberto Queiroz, muito obrigado e ainda bem que gostou, fico à espera do seu regresso.

p_alucinado, obrigado pela tua fabulosa reflexão sobre a saga.

e Edward Brock pelo aviso, já está corrigido... Nem sei como não reparei... ;)

Cumprimentos a todos e são sempre mais que bem vindos. :)

Carlos M. Reis disse...

Gostei da tua expressão: "De tirar o chapéu". É caso para dizer que "assenta que nem uma luva" :)

Anónimo disse...

È isso cara esse é o filme apesar de ter muito critico de cinema dizendo que Rock ja erra que o filme é uma piada ai vai um recado para eles Rock é um filme que fala de valores e pricipios não essas @#$&*$% é isso mesmo que vc pensou. Está todo mundo cansado de ver tanta porcaria na sua tv ate que efim de volta a boms filmes que costumavão passar que falem de justiça do bem e do mal.Nota 10 para Rock valeu.Siquiera Pato Branco PR.