sexta-feira, 31 de julho de 2009

Prequela de Alien vai ser realizada por Ridley Scott!

A Variety parece ter confirmado um dos maiores rumores em volta do novo filme da saga Alien. A Fox já assinou com Jon Spaiths para escrever o argumento para Ridley Scott realizar. Assim, o realizador vai estar à frente da prequela que vai dar a origem aos acontecimentos do primeiro filme da saga, também realizado por ele em 1979. Faz todo o sentido...

Para não falar que é o aguardado regresso de Ridley Scott à ficção-cientifica, desde Blade Runner em 1982, e cá o esperamos com toda a expectativa.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Review: The Uninvited - Os Indesejados

Remake do aclamado e fabuloso 'A Tale of Two Sisters' do coreano Kim Ji-woon (A Bittersweet Life; The Good, the Bad and the Weird), que começou a produção com o mesmo titulo do original mas que foi posteriormente alterado para The Uninvited, Os Indesejados em português. O remake americano, realizado pelos 'novatos' irmãos Charles e Thomas Guard, é o mais recente titulo da dupla de produtores Walter F. Parkes e Laurie MacDonald, que trouxeram o remake que começou tudo(?): The Ring, realizado exemplarmente por Gore Verbinsky. O filme têm nas interpretações principais os nomes de Emily Browning, Arielle Kebbel, Elizabeth Banks e David Strathairn.

Os Indesejados centra as principais atenções nas irmãs Anna e Alex. Anna regressa a casa após um período de 10 meses em que esteve internada numa clínica psiquiatra após ter assistido ao trágico acontecimento que vitimou a sua mãe. No seu regresso descobre que Rachel, a enfermeira que cuidou da sua mãe até à sua morte, mudou-se para a sua casa e está agora noiva do pai. A desconfiança perante a sua nova 'madrasta' aumenta a partir do momento em que começa a recordar-se de memórias perdidas e é assombrada por visões reveladoras, junto com a sua irmã Alex irão desvendar a verdade e convencer o pai delas das verdadeiras intenções da sua noiva.

Como em todos os remakes, para quem já viu o filme original, é impossível não estar sempre a um passo à frente... Ainda por cima este remake não acrescenta nada de novo. Assim sendo pode-se dizer que o filme satisfaz e irá (talvez) surpreender apenas a quem não conhece o filme de Kim Ji-woon. Esta versão americana não muda assim muito perante o original, há muitas cenas diferentes mas a trama central está intacta, mas o maior problema é a maneira como o filme desenvolve essa trama como o núcleo da narrativa, mesmo apesar de ter todos os elementos e uma boa atmosfera este thriller de suspense falha crucialmente no twist principal acabando num fraco climax.

Apesar de não ser tão tenso como previsto, há que destacar a química entre o trio feminino que é fabulosa. Emily Browing (Violet em Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events) não é nova nos filmes do género, entrou em filmes como Ghost Ship e Darkness Falls quando era pequena e amadureceu bastante, está mais confiante neste papel mais adulto e é ideal para esta personagem: jovem, fraca e inocente. Elizabeth Banks traz uma interpretação mais clássica da típica 'madrasta má'. De resto fica-se sempre com aquela sensação que 'é apenas mais um remake' e que poderia ser melhor. Este é um perfeito exemplo que dá continuidade à moda de Hollywood em pegar num filme de sucesso do terror asiático e recria-lo para uma audiência mais jovem. Apesar de estar um bocado acima (digamos que é um remake simpático) do que a média medíocre dos mais recentes remakes asiáticos, é pena ver histórias com este potencial desperdiçadas, e provavelmente serem lançadas para o mesmo 'caixote' juntamente com o The Eye e One Missed Call, esses sim... péssimos, que nem justiça fazem aos originais.

Sejam os remakes bons ou maus é sempre discutível, para o melhor ou para o pior, mas é verdade que mantêm sempre o original intocável, mas será mesmo que os remakes podem dar a conhecer um outro cinema que o publico mais mainstream não conhece? Ou será que esse mesmo publico desconhece que o filme em questão se trata de um remake? E será que se aventuram ou nem se importam?

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Wolverine e Iron Man em animé!

Do estúdio Japonês de animé Madhouse, chegam-nos os trailers (exibidos na Comic Con) das duas primeiras adaptações em animé de super-heróis da Marvel: Wolverine e Iron Man.

Mas para os entusiastas de animé as noticias não acabam por aqui. A Madhouse comprou os direitos de quatro super-heróis da Marvel que vão ter direito a tratamento japonês com re-imaginações das suas origens. Enquanto os restantes dois são ainda desconhecidos (mas que deverão ser anunciados em breve) fiquem com os trailers de Wolverine e Iron Man:



segunda-feira, 27 de julho de 2009

Review: Transsiberian (Transiberiano)

Brad Anderson, o realizador que nos trouxe em 2004 o thriller psicológico 'O Maquinista' com Christian Bale e Jennifer Jason Leigh, traz-nos de novo mais um grande thriller sombrio: Transsiberian. É raro um realizador conseguir mudar drasticamente de estilo (o que não é o caso) e conseguir manter a qualidade, isto só para dizer que também há um certo conforto ao manter o seu estilo próprio, que até mais tarde pode até ser referido como uma marca do realizador. Apesar de Brad Anderson já ter mostrado que consegue fazer outras coisas tal como os romances 'Next Stop Wonderland' e 'Happy Accidents', ou mesmo thrillers com elementos de terror em 'Session 9' ou nos episódios realizados para as antologias 'Masters of Horror' e 'Fear Itself', parece que o realizador se sente muito mais confortável e confiante neste género particular de thrillers.

Desta vez a trama desenvolve-se no expresso transiberiano (o filme Horror Express de 1972 com Christopher Lee e Peter Cushing passa-se no mesmo comboio), durante a viagem de Pequim para Moscovo onde seguimos o casal principal interpretados por Woody Harrelson e Emily Mortimer - Mortimer que têm aqui uma fabulosa performance - onde se vêem envolvidos numa trama de conspiração e falsa acusação a partir do momento que conhecem um outro casal, Abby (Kate Mara) e Carlos (Eduardo Noriega), que rapidamente descobrem que não são o que aparentam... Ben Kingsley também têm aqui um pequeno e fabuloso papel como um agente da KGB.

Os comboios são ambientes bastantes tensos, quase claustrofóbicos, e são fantásticos locais para criar e manter o suspense tal como Alfred Hitchcock nos mostrou por três vezes em 'The Lady Vanishes', 'Strangers on a Train' e 'North by Northwest'. Basicamente, é fácil de dizer que Transsiberian também é um filme muito Hitchcock, não só pela trama se passar num comboio, mas pelo desenrolar da narrativa e também pelo factor do 'culpado inocente envolvido numa trama de espionagem' tão bem presente em muitas das obras de Hitchcock. Mas o termo 'à Hitchcock' é mais usado pela particular forma de manter o suspense e o mistério, no que mostrar e no que deixar à imaginação. Não é novidade que Hitchcock é um dos realizadores que mais influenciaram a sétima arte, e foram muitos os realizadores que se inspiraram nas técnicas do Mestre ao longos dos anos: Steven Spielberg, Martin Scorsese, Brian de Palma, Francis Ford Coppola, David Lynch, Jonathan Demme, M. Night Shyamalan entre outros... Só para dar alguns exemplos.

Tal como Brad Anderson nos mostrou com o seu antecessor, este é também um excitante e tenso thriller. E mesmo apesar de se tornar por vezes um cliché - transpondo a fina linha entre a originalidade e a imitação - o filme oferece um pouco de tudo o que é necessário para ser eficaz: uma boa história de suspense e mistério, boas interpretações e caracterização das personagens numa trama complexa, e uma confiante realização numa fotografia fabulosa que ajuda muito o ambiente do filme. Fica-se arrepiado com a isolada e gelada paisagem e também agarrados com o lento desenrolar da narrativa tensa e imprevisível que parece construída degrau por degrau, com pistas falsas e alguns twists inesperados. Brad Anderson prova-nos mais uma vez que sabe como criar suspense e este Transiberiano é um filme que se recomenda.

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http://videos.sapo.pt/inOJNQVoZBbzFbih6Atj

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Alice no País das Maravilhas Teaser Trailer

No dia 5 de Março de 2010 temos um encontro muito importante...



(Edit: trailer com melhor resolução.)

One, two, Freddy's coming for you...

Em Abril de 2010... No remake (ou reboot como agora gostam de os chamar) do clássico de terror do original de Wes Craven, realizado por Samuel Bayer e com Jackie Earle Haley (o Roschard de Watchmen) como Freddy Krueger. Aqui fica a primeira imagem promocional de Freddy, juntamente com o primeiro teaser poster oficial (em cima).


terça-feira, 21 de julho de 2009

A comparação do final do Regresso ao Futuro com o início de Regresso ao Futuro II

Já todos sabemos que o final do Regresso ao Futuro foi filmado de novo, frame por frame, para o inicio da Parte II. Isto devido à personagem de Jennifer, interpretada no primeiro filme por Claudia Wells, ter sido substituída por Elisabeth Shue. Os fãs já sabem de cor as diferenças existentes em ambos os filmes: as mudanças de dialogo, as diferentes expressões, mas já viram ambas as cenas lado-a-lado. Aqui fica:

domingo, 19 de julho de 2009

Review: Harry Potter e o Príncipe Misterioso

A saga milionária de Harry Potter no cinema chega agora ao seu sexto filme, Harry Potter e o Príncipe Misterioso. Para muitos, fãs e não só, é sem dúvida uma das mais consistentes, divertidas e fantásticas sagas da história do cinema do género de fantasia. Daqui a largos anos, quando apontarem sagas que ficaram na história do cinema como um marco da primeira década do novo século, Harry Potter será uma delas, quer-se goste ou não.

David Yates regressa à realização e sem surpresas. Depois de Chris Columbus, Alfonso Cuaron e Mike Newell, é inegável que Yates triunfou com o capítulo anterior, A Ordem de Fénix, e injectou novo sangue à saga, não só no divertimento mas na caracterização e maturidade dos filmes. Não espanta também que o realizador já esteja comprometido para o último capitulo da saga que irá ser dividido em dois filmes, a estrear na época de natal em 2010 e no verão de 2011. E é curioso de referir que o nome de David Yates (realizador da mini-série State of Play da BBC, adaptado à pouco tempo em filme) era apenas a 3º opção do lote de realizadores pretendidos pela Warner, e devido às desistências (de Mike Newell de O Cálice de Fogo incluído) foi então escolhido para continuar – e neste caso finalizar – a saga no grande ecrã, e pelo o que já se viu, com bastante confiança.

O filme, que estreou agora em todo o mundo depois do estúdio decidir adiar a estreia em 6 meses, teve enorme sucesso comercial nas bilheteiras mundiais e já amealhou até ao momento (em 19 de Julho) 396 milhões em todo o mundo. Foi também bem recebido pela crítica mas (como sempre) dividido pelos fãs.

Sem querer entrar em muitos detalhes, é inevitável não comparar o novo filme ao livro, ou aos restantes filmes da saga. Este sexto capítulo não foge ao espírito dos três anteriores, mas curiosamente é um filme diferente, principalmente da Ordem de Fénix, tanto em nível visual como em narrativa. A atmosfera mais dark e adulta que a saga nos habitou desde Azkaban continua presente, principalmente agora que Hogwarts é um sitio mais 'parado' e sem magia (sem quadros, nem fantasmas), mais em estado alerta e sempre vigiado, arrisco a dizer talvez a antecipar os eventos que irão ocorrer. Se é o capítulo mais negro da saga? Sem dúvida, podemos considerar este filme como o 'Revenge of the Sith' da saga Harry Potter. Se é um dos melhores filmes da saga como muitos aclamaram? Não, nem tão pouco é melhor que o seu antecessor, mas sem querer entrar por extremos: é sem dúvida um dos grandes e importantes pontos da saga.

Como sempre, a adaptação tem os seus contornos em comparação ao livro, ficando bastante de fora – seja isso bom ou mau – mas este novo filme parece-se por vezes centrar-se em demasia nas personagens principais, que já tão bem conhecemos desde o primeiro capítulo, e nas suas relações amorosas muito ao estilo das comédias românticas adolescentes. Isto em vez de se concentrarem mais no que realmente interessa: em mais Dumbledore, em mais flashbacks do passado de Tom Riddle (Voldemort), e na obsessão de Harry Potter pelo Príncipe Meio-Sangue, no qual a sua revelação no final deixa de ter tanto impacto como merecia. Aliás não é isso que dá o nome à obra?

O trio das personagens principais cresceram, estão mais rebeldes e mais confusas em termos de sentimento de romance. Essa confusão parece ter vindo juntamente na transposição para o grande ecrã no que retrata a Ron sempre mais para o lado cómico, ao contrário da relação entre Harry e Ginny que já é de um outro nível, muito palpável e convicta. Mas o maior destaque nos jovens actores terá que ir para Tom Felton como Draco Malfoy, um dos melhores no seu papel, um vilão forte e carismático. E para isso basta ver o início na carruagem do comboio para não se ter dúvidas que irá ser um dos pontos altos do filme. Sobre as caras novas o destaque vai obviamente para Jim Broadbent no papel do Professor Slughorn.

Sobre alguns dos mais cruciais momentos que foram cortados do livro, é no entanto importante de referir que David Yates confessou que os eventos do último capítulo, As Relíquias da Morte (já em filmagens), influenciaram as mudanças do argumento deste filme, para evitar repetições ou simplesmente por não se enquadrarem de momento com o espírito do capitulo. É de esperar que pelo menos uma ou outra das cenas cortadas do final sejam talvez inseridas no próximo filme.

No geral O Príncipe Misterioso é um excelente e forte capítulo, com um visual maravilhoso, que não desilude nem mancha a saga. Entretém, é satisfatório, divertido, romântico, assustador e emocionante num misto de adrenalina e hormonas. E que, mesmo apesar da sua duração de aproximadamente de 2h30m, deixa-nos a desejar por mais. Mas que fica um bocado atrás dos pontos mais altos da saga até ao momento, O Prisioneiro de Azkaban e de A Ordem de Fénix.

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Halloween II: Ainda falta muito?



Confirmem neste widget (data da estreia americana), e aproveitem para ver ou rever o trailer.

Review: Doomsday - Juízo Final, de Neil Marshall

Do britânico Neil Marshall, realizador de dois filmes que atingiram rapidamente o estatuto de culto: Dog Soldiers em 2002 e The Descent - A Descida em 2005, chega agora ás nossas salas de cinema (com praticamente um ano de atraso) Doomsday - Juízo Final, com Rhona Mitra (Underworld: Rise of the Lycans) como protagonista principal. O filme conta também com as interpretações secundárias de Bob Hoskins, Malcolm McDowell, Alexander Siddig, David O'Hara e Craig Conway entre muitos outros.

Depois da feroz e sanguinária alcatéia de lobisomens em Dog Soldiers e da tensa claustrofobia levada ao extremo em The Descent, o realizador e argumentista apresenta-nos agora um thriller de acção futurista pós-apocalíptico.

Em 2008, devido a um súbito surto de um novo vírus mortal, a Escócia fica isolada e mantida em quarentena. Mas quando passados 30 anos o vírus começa a infectar Londres, os líderes políticos ordenam o envio de uma equipa militar, liderada por Eden Sinclair (Rhona Mitra), em busca de uma cura evidenciada por alguns sobreviventes. Na Escócia infectada, os militares vêem-se confrontados por duas populações distintas de sobreviventes...

Inspirado nas obras de nomes como George Miller, George Romero e John Carpenter, Neil Marshall cita ao longo de Doomsday filmes como Escape From New York, Mad Max, 28 Days Later e muitas outras referências de filmes do género. O ambiente futurista e pós-apocalíptico mistura-se (mais lá para o meio) com um ambiente medieval que parece vir directamente de um épico. Esta concepção inicial - um filme futurista medieval - foi o ponto de partida do realizador para este projecto, que tinha em mente um combate de um 'soldado do futuro' contra um cavaleiro medieval.

O filme é difícil de classificar, é mais fácil admitir que se torna rapidamente num guilty-pleasure. Não é mau, mas volto a referir que não traz nada de novo, como disse parece uma colagem de vários filmes do género, e isto vindo de Neil Marshall fica-se com um vazio enorme e esperava-se muito mais...

Por outro lado, Doomsday é um filme que conforta e entretêm, que se pode considerar como um tributo aos filmes de série-b dos anos 80 e isso é algo que o realizador não esconde. Além disso temos a Rhona Mitra que rouba as atenções todas, num papel carismático e que lhe assenta que nem uma luva. Portanto apesar de Doomsday não surpreender é uma excelente homenagem ao género, e é para os fãs.

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Qual a melhor vampira para 'Let me In'?

O remake americano de Let the Right One In, a ser realizado por Matt Reeves (Cloverfield) encontra-se em fase de casting. Para o papel de Oskar (agora chamado de Owen) correm fortes rumores de Codi Smit-McPhee, de The Road - a aguardada adaptação da obra de Cormac McCarthy realizada por John Hillcoat. Para Eli, agora chamada de Abby... Bem, o melhor é verem o vídeo das audições com as três mais fortes candidatas, a favorita Ariel Winter (a jovem Trixie em Speed Racer), Chloe Moretz (Kick-Ass, 500 Days of Summer) e Mary Mouser.

12 Posters modernos de filmes clássicos

A TCM (Turner Classic Movies), para comemorar mais uma maratona de clássicos que serão exibidos durante o mês de Agosto - o já habitual Summer Under the Stars - criou uma série de posters modernos de 12 filmes clássicos.

São eles Dr. Strangelove (em cima), To Catch a Thief, Dr. Jekyll and Mr. Hyde, The Big Heat, The Letter, Guess Who's Coming to Dinner, High Society, Jailhouse Rock, Safety Last! e Gilda.

Vejam todos os posters no site oficial do evento.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Review: City of Ember


Crítica: «Cidade das Sombras»

Do britânico Gil Kenan, realizador que se estreou em 2006 com a animação digital Monster House - A Casa Fantasma, chega-nos agora Cidade das Sombras. City of Ember no original, é a adaptação do livro homónimo de Jeanne DuPrau, o primeiro capitulo da série Ember lançado em 2003. A adaptação conta com o argumento de Caroline Thompson, argumentista de Eduardo Mãos de Tesoura, A Noiva Cadáver e O Estranho Mundo de Jack.

Ember é a última cidade humana refugiada debaixo da terra, mas o seu tempo está a chegar ao fim... Durante gerações os habitantes de Ember orgulhavam-se das suas luzes, mas agora que a energia produzida pelo gerador principal começa a escassear, com falhas eléctricas cada vez mais frequentes do que o habitual, a cidade enfrenta também a falta dos alimentos. Será possível salvar Ember? A resposta encontra-se nas mãos de 2 jovens, os protagonistas principais interpretados por Saoirse Ronan (Atonement - Expiação) e Harry Treadaway (Control), que descodificam as instruções deixadas dentro uma caixa automática, deixada pelos construtores desde a criação da cidade. Uma caixa agora esquecida e que deveria ser passada ao longos dos anos, que desvenda os mistérios da cidade e que indica a saída de Ember... O filme conta também, nas interpretações secundárias, com nomes como Tim Robbins, Bill Murray e Martin Landau entre outros.

Dividido pela crítica e apesar de ser dirigido a uma audiência mais jovem, esta aventura adolescente não esteve bem na box-office americana, como vem sendo habitual com outros filmes do género. Mas é inegável que é um filme arrebatador em termos visuais, num imaginário cuidadosamente passado para o grande ecrã, um imaginário tanto fantástico como mórbido. A cinematografia parece beber do 'steampunk', um sub-género da fantasia e ficção-cientifica, mas o filme na sua narrativa parece não respirar e prende-se constantemente, principalmente na falta de ritmo em termos de aventura e no retrato de uma sociedade que está em vias de extinção num mundo pós-apocalíptico, uma visão modesta e optimista.

O resultado final não é mau, aliás é um filme do género que não segue as normas habituais, não existe aqui nenhuma batalha final, apenas o sentido de descoberta e a conquista da liberdade. É um filme familiar capaz de agradar a miúdos e graúdos, mas mais principalmente aos adeptos da fantasia juvenil. Mas após a sua visualização fica na cabeça a sensação que, vindo de Gil Kenan, se por vezes este projecto não seria mais ousado se fosse em animação.

O realizador já têm luz verde para seguir com a adaptação do segundo livro da série, intitulado de The People of Sparks, e previsto a começar as filmagens ainda este ano.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Festival SITGES 09

O Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha, o Sitges (festival irmão do Fantasporto), já anunciou a maioria dos seus filmes em cartaz.

Hoje de manhã foi anunciado que o esperado '[REC]2', de Jaume Balagueró e Paco Plaza, terá as honras de abertura do festival, que decorre entre os dias 2 a 12 de Outubro.

Outros títulos confirmados são, na categoria da Secção Oficial de Cinema Fantástico: 'Thirst' de Chan-wook Park; 'Yattaman' e 'Crows 2' ambos de Takashi Miike; 'Grace' de Paul Solet que passou em ante-estreia na última edição do Fantas e fez furor em Sundance; 'Kinatay' de Brillante Mendoza que venceu como melhor realizador em Cannes; 'Kynodontas' de Giorgios Lanthimos outro premiado em Cannes (Prémio Un Certain Regard); 'Musashi' de Mizuho Nishikubo; 'Orphan' realizado pelo espanhol Jaume Collet-Serra; o thriller de ficção cientifica 'Surrogates' de Jonathan Mostow e com Bruce Willis; e 'Moon' de Duncan Jones, ambos fora da competição.

'Alien' de Ridley Scott vai ser homenageado pelo seu 30º Aniversário, e vai ser projectado o Director's Cut do filme que serve como inspiração para o poster deste ano do festival (ver em cima). Em retrospectiva também vão ser exibidos entre outros 'The Shining' de Stanley Kubrick e 'Nightmare on Elm Street' de Wes Craven. Clive Barker também vai ser destaque com a projecção de filmes baseados na sua obra, incluindo os recentes 'Dread' realizado por Anthony DiBlasi, e 'Book of Blood' de John Harrison.

Ainda fora de competição uma novidade no festival: um especial em 3D com os filmes 'Final Destination 4' e 'Toy Story 3D'.

Na secção Midnight X-Extreme já estão confirmados 'Dead Snow' e 'Lesbian Vampire Killers'.

Nas restantes categorias foi também assegurado a qualidade do cinema Europeu com destaque para 'The Countess' de Julie Delpy, baseado na lenda de Elisabeth Bathory, e 'Ne te retourne pas' de Marina de Van com a dupla Monica Belluci e Sophie Marceau. No cinema Espanhol destaque para 'Ingrid' de Eduard Cortés.

A Última Casa à Esquerda - Review

Remake do controverso clássico de terror The Last House on the Left, filme de culto realizado e escrito por Wes Craven em 1972 e produzido por Sean S. Cunningham (do original Sexta-Feira 13). O filme original foi a estreia de Craven como realizador e foi censurado e até banido durante anos em vários países devido à sua violência explicita, principalmente no Reino Unido, onde só em 2008 foi classificado pela BBFC como 'uncut' para a sua edição em DVD. Mas polémicas à parte.

Sobre o novo filme, que estreia esta semana nas nossas salas, é mais um a juntar à lista de remakes recentes mas também ao sub-género de terror designado de 'survival-horror' (designação mais utilizada nos jogos de vídeo) onde retratam o terror real, fora dos temas sobrenaturais ou fantásticos.

Realizado por Dennis Iliadis, esta é a primeira produção dos estúdios Midnight Pictures, uma derivante da Rogue Pictures formado pelo próprio Wes Craven, que também serve como produtor para este remake do seu próprio filme.

Mary e Paige (Sara Paxton e Martha MacIsaac respectivamente), são duas jovens que são acidentalmente raptadas e aterrorizadas por um grupo de fugitivos na mesma noite em que Mary chega com os pais à sua casa do lago. Ao procurar refúgio, os fugitivos vão bater à porta da casa dos pais de Mary (interpretados por Monica Potter e Tony Goldwyn), a última casa à esquerda...

A base da narrativa, que foi adaptada aos dias de hoje, é ligeiramente diferente do original mas contêm na mesma cenas chocantes que podem sensibilizar algumas pessoas, e tal como o original inclui a cena da violação. Assim sendo o filme foi classificado, e bem, como Maiores de 18 anos.

Apesar do filme ter cenas tensas, bem conseguidas e encenadas com convicção, existem outras que são muito pouco credíveis, onde não consegue realçar o realismo e as reacções das pessoas nessas determinadas situações, não conseguindo agarrar o espectador no seu todo. Sente-se a falta no seu decorrer de uma atmosfera intensa, como foi tão bem filmada num outro e recente filme do género, falo de Eden Lake - O Lago Perfeito do britânico James Watkins.

Como se não bastasse, em 'A Última Casa à Esquerda', onde se sente mais a falta desse realismo é na jovem actriz principal, protagonizada por Sara Paxton (Superhero Movie, Sydney White), que em vez de ser a personagem condutora do filme é uma personagem praticamente sem sentimento em situações extremas. Em contraste a isto tudo, sente-se o sistemático esforço do realizador em manter o filme desconfortável, na boa escolha do trio psicopata (Garret Dillahunt, Joshua Cox e Riki Lindhome) mas principalmente no jovem Justin, Spencer Treat Clark (o miúdo de Gladiator, Unbreakable e Mystic River), que consegue transmitir e bem a dualidade entre o bem e o mal, o sentimento de culpa e a simpatia pela vitima na melhor interpretação do filme.

Para finalizar, não é um filme fácil de se ver mas também não é nenhum Martyrs. Parecia ter tudo para não se tornar noutro 'mau remake', o que infelizmente não aconteceu. É portanto uma tentativa de fazer um filme actual de terror exploitation, começando bem mas acabando num vulgar filme de vingança por vezes irrelevante. Se não fosse rotulado como o remake do filme de culto de Wes Craven, seria outro filme do género que de certo passaria despercebido.

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