sexta-feira, 16 de março de 2007

'The Fountain' de Darren Aronofsky

O novo filme de Darren Aronofsky, após os aclamados Pi e Requiem for a Dream, não parece ficar-se por meios termos. Após de ter sido mal recebido e até vaiado na sua apresentação na ultima edição do festival de Veneza, deixando a audiência confusa, o filme foi mais tarde recebido pelo público com uma ovação em pé.

Abrangendo 1000 anos e em 3 histórias paralelas, seguimos ambas as personagens principais, Hugh Jackman e Rachel Weiz, numa viagem espirituosa de amor e morte... Se esse for o limite...

The Fountain - O Último Capitulo é uma extraordinária odisseia de amor e imortalidade numa forte experiência cinematográfica. Tommy Creo, interpretado por Hugh Jackman, é um cientista que tenta tudo para salvar a vida da sua amada Izzy, Rachel Weiz, que sofre de cancro. Tragédia que o motiva mais na vida pessoal na sua difícil pesquisa profissional.

Ao longo do filme, temos o prazer de acompanhar mais duas histórias secundárias que expandem a acção em 1000 anos numa estrutura não linear. Primeiro e começando cronologicamente no século 16 em Espanha, altura da Inquisição, onde um conquistador inicia a pedido da sua rainha a procura da Arvore da Vida. Uma história escrita por Izzy já quase na sua fase terminal, um conto incompleto e que funciona com uma metáfora sobre a sua relação. Por último viajamos para o futuro, séc 26 onde numa viagem espiritual conhecemos um astronauta dedicado a proteger a arvore da vida, num misto de ficção científica, fantasia e filosofia.

Ambas as interpretações principais são fortes e sentidas, mas o destaque vai para Rachel Weisz que consegue brilhar mais no filme inteiro, deixando atrás um Hugh Jackman com uma interpretação também bastante boa e muito credível na sua obsessão.

Aviso é desde já que, contudo, não seja um filme para todos mas é de certo um filme que dará ainda muito que falar. Um romance nunca antes visto com um misto de aventura épica, melodrama, fantasia e ficção científica. O melhor é mesmo ver com os vossos próprios olhos, sendo impossível descrever o sentimento ou simplesmente a mensagem. Vejam-no e amem-no ou odeiem-no.

Death is a disease, it's like any other. And there's a cure. A cure. And I will find it. (Tommy Creo)

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