quinta-feira, 9 de julho de 2009

Review: City of Ember


Crítica: «Cidade das Sombras»

Do britânico Gil Kenan, realizador que se estreou em 2006 com a animação digital Monster House - A Casa Fantasma, chega-nos agora Cidade das Sombras. City of Ember no original, é a adaptação do livro homónimo de Jeanne DuPrau, o primeiro capitulo da série Ember lançado em 2003. A adaptação conta com o argumento de Caroline Thompson, argumentista de Eduardo Mãos de Tesoura, A Noiva Cadáver e O Estranho Mundo de Jack.

Ember é a última cidade humana refugiada debaixo da terra, mas o seu tempo está a chegar ao fim... Durante gerações os habitantes de Ember orgulhavam-se das suas luzes, mas agora que a energia produzida pelo gerador principal começa a escassear, com falhas eléctricas cada vez mais frequentes do que o habitual, a cidade enfrenta também a falta dos alimentos. Será possível salvar Ember? A resposta encontra-se nas mãos de 2 jovens, os protagonistas principais interpretados por Saoirse Ronan (Atonement - Expiação) e Harry Treadaway (Control), que descodificam as instruções deixadas dentro uma caixa automática, deixada pelos construtores desde a criação da cidade. Uma caixa agora esquecida e que deveria ser passada ao longos dos anos, que desvenda os mistérios da cidade e que indica a saída de Ember... O filme conta também, nas interpretações secundárias, com nomes como Tim Robbins, Bill Murray e Martin Landau entre outros.

Dividido pela crítica e apesar de ser dirigido a uma audiência mais jovem, esta aventura adolescente não esteve bem na box-office americana, como vem sendo habitual com outros filmes do género. Mas é inegável que é um filme arrebatador em termos visuais, num imaginário cuidadosamente passado para o grande ecrã, um imaginário tanto fantástico como mórbido. A cinematografia parece beber do 'steampunk', um sub-género da fantasia e ficção-cientifica, mas o filme na sua narrativa parece não respirar e prende-se constantemente, principalmente na falta de ritmo em termos de aventura e no retrato de uma sociedade que está em vias de extinção num mundo pós-apocalíptico, uma visão modesta e optimista.

O resultado final não é mau, aliás é um filme do género que não segue as normas habituais, não existe aqui nenhuma batalha final, apenas o sentido de descoberta e a conquista da liberdade. É um filme familiar capaz de agradar a miúdos e graúdos, mas mais principalmente aos adeptos da fantasia juvenil. Mas após a sua visualização fica na cabeça a sensação que, vindo de Gil Kenan, se por vezes este projecto não seria mais ousado se fosse em animação.

O realizador já têm luz verde para seguir com a adaptação do segundo livro da série, intitulado de The People of Sparks, e previsto a começar as filmagens ainda este ano.

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