segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sam Raimi vai apadrinhar 'Ataque de Pánico!'

Sam Raimi vai apadrinhar a estreia de Federico Alvarez e irá produzir o seu primeiro filme, a nível similar ao que Peter Jackson fez com Neill Blomkamp em 'District 9'.

O realizador Uruguaio deu nas vistas o suficiente com a sua curta-metragem, de aproximadamente 5 minutos, intitulada de 'Ataque de Pánico!' (Panic Attack!) que retrata a destruição de uma invasão alienígena em Montevideo no Uruguai. Federico Alvarez assinou agora com a Ghost House Pictures que mostrou interesse no realizador e na ideia para o seu primeiro filme. O projecto terá um orçamento de aproximadamente 30 a 40 milhões de dólares.

Podem ver a curta-metragem 'Ataque de Pánico!' já a seguir:



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mais detalhes sobre os próximos projectos de Duncan Jones (Moon)

Foi uma mudança de planos para o realizador britânico Duncan Jones, que vai colocar Mute (inicialmente o seu próximo projecto) em espera para realizar um thriller de ficção-científica intitulado de Source Code e com Jake Gyllenhaal no principal papel. A proposta veio da parte do estúdio e segundo o realizador numa oferta irrecusável.

No entanto, chega-nos mais detalhes sobre Mute. Noutras declarações, Duncan sabe que Mute - tal como Moon - não será um filme para grandes audiências, com uma aproximação à estética noir de Blade Runner (ver arte conceptual em cima) e produzido para agradar mais uma vez aos 'mais clássicos' fãs do género.

Passado em 2046 em Berlim, Mute segue a história de um veterano mudo de 40 anos (Leo) que procura a sua namorada Afegã desaparecida (Naadirah), ao mesmo tempo somos apresentados a um Americano (Cactus Bill) que procura comprar um par de passaportes falsos para a sua mulher imigrante e a sua filha para poderem fugir para os Estados Unidos da América.

'Paranormal Activity' a 3 de Dezembro

Sinopse: Depois de um jovem casal de classe média se mudar para o que aparenta ser a casa ideal dos subúrbios para um bom início de vida, começam cada dia que passa a ser mais perturbados por uma presença que pode ou não ser de alguma forma demoníaca, mas é de certeza mais activa de noite. Em especial quando estão a dormir. A presença parece mais interessada em Katie, uma estudante que se sentiu possuída a vida inteira. O namorado, Micah, fanático das novas tecnologias, gasta alguns milhares de dólares numa câmara de vídeo de alta definição que instala aos pés da cama. À medida que a câmara roda, Katie torna-se cada vez mais distante, enquanto o fascínio de Micah se torna uma verdadeira obsessão. As gravações originais estão hoje guardadas na Polícia de San Diego, para servirem de prova…

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Moon - O Outro Lado da Lua: Review


Terceira e última parte do especial Moon do Ante-Cinema:

“Ground control to major Tom, take your protein pills and put your helmet on. Ground control to major Tom, commencing countdown engines on…”, abria assim David Bowie o seu álbum de 1969, ‘Space Oddity’, sobre um astronauta deprimido no espaço. Em 2009, o seu filho, Duncan (Zowie) Jones, estreia-se na realização filmando a sua própria visão de uma odisseia no espaço. Perdoem-me os clichés, mas depois da espera, da antecipação e interesse perante Moon, pode-se dizer que o filme está bem ao nível das expectativas criadas.

Mais do que um filme de ficção-científica, ou até de uma visão pensativa e desconcertante de um futuro muito próximo, Moon é um filme inteligente, que consegue injectar um interessante e intrigante relato humano neste ambiente futurista, concentrando-se totalmente na sua história. Um retrato de apenas um simples trabalhador no espaço (Sam Rockwell), onde a sua única companhia é Gerty (voz de Kevin Spacey) um robô de controlo (e muito anti HAL), atencioso, amigo e preocupado, apesar de algumas cenas fazerem mesmo lembrar o mítico e intenso robô de 2001: Uma Odisseia no Espaço. As suas plantas e a sua maqueta que Sam perdeu horas e horas a construir são as suas únicas distracções, assim como podcasts em indirecto. A 2 semanas de acabar o seu contracto de 3 anos, Sam sofre um acidente que dá origem a um estranho acontecimento onde começa a duvidar da sua insanidade e até mesmo da sua existencialidade. Sam apenas tem um desejo: de voltar a casa para junto da sua mulher e da sua filha de 2 anos, que apenas a viu crescer por emissões em diferido.

Moon é nada mais do que um drama humano, uma história de amor e coragem a si próprio.

A interpretação de Sam Rockwell vale pelo seu todo, tanto emocionalmente como fisicamente. Ele é dinâmico, multi facetado, ele é a grande parte do filme. O empenho do actor é notável, mais que isso, ele respira a personagem de Sam Bell. Apenas quem anda distraído não sabe as potencialidades deste actor, e, no entanto, voltamos à mesma história: nunca foi nomeado para os Óscares apesar dos mais variados registos em filmes como Choke – Asfixia, Amigos do Alheio, Confissões de uma Mente Perigosa e À Procura de um Milagre, só para numerar alguns. Ao que nos chega ao facto de se perceber quanto compreensível é a campanha online para uma nomeação para Sam Rockwell. Aqui parece-se justificar plenamente, e para não falar que recentemente foram vários os ‘pequenos filmes’ que encontraram o caminho para os Óscares nas últimas edições, este ano pode ser a vez de Moon. Se não for, a interpretação fala por si!

Os outros grandes destaques vão para a fotografia de Gary Shaw, que é de um realismo impressionante. E os efeitos especiais filmados com modelos de miniatura (num presente onde o CGI reina) podia não parecer mas ainda são muito credíveis nos dias de hoje. Portanto, ‘o muito’ não significa ‘melhor’, e Moon é um perfeito exemplo disso. De referir também a grande banda sonora de Clint Mansell que ajuda para a lenta progressão do ambiente do filme, isto tudo a juntar a uma realização convicta e inspirada.

Longe dos actuais blockbusters do género e apesar das suas pesadas e notáveis influências, Moon nem precisava de ser rotulado como uma aproximação aos filmes de ficção-cientifica dos anos 70/80, porque ele é de facto um excelente filme em qualquer década. Melhor que isso, é um filme que certamente irá crescer pelos anos fora. Obra prima? Isso só o tempo o dirá…

"I’m the original Sam Bell! I’m Sam fucking Bell!"

3 novos posters de 'Alice in Wonderland'

Disponibilizados pela Walt Disney no Facebook do Mad Hatter. O filme, em 3D, já tem estreia prevista para Portugal a 11 de Março de 2010.



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Especial 'Moon' no Ante-Cinema

O site Ante-Cinema destacou Moon como o filme do mês, e apresentou um especial em três partes: Antevisão, uma entrevista exclusiva ao realizador Duncan Jones e (brevemente) a critica ao filme.

A antevisão do filme pode ser lida em baixo neste blog, mas recomendo a leitura no site do Ante-Cinema por este link, já que têm um comentário muito especial. ;)

A entrevista exclusiva a Duncan Jones, com uma fabulosa edição do Fernando Ribeiro, pode ser lida aqui.

E finalmente, a crítica ao filme.

Só para terminar, foi com um enorme prazer e entusiasmo que me dediquei a este especial. Também posso adiantar que, com orgulho, o Ante-Cinema foi um dos primeiros sites nacionais a dar atenção ao filme, ao qual foi aguardado com enorme expectativa pela equipa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Antevisão 'Moon'

Com a estreia já agendada em Portugal para 12 de Novembro pela Castello Lopes, Moon - O Outro Lado da Lua é um 'pequeno' (mas apenas em orçamento) filme independente de ficção-cientifica que merece a data apontada na agenda para os fãs do género, um dos filmes sensação do ano em vários festivais do mundo.

Realizado pelo britânico Duncan Jones (filho de David Bowie) e com Sam Rockwell no papel principal e a voz de Kevin Spacey, Moon teve a sua estreia mundial em Sundance onde fez furor e deu nas vistas o suficiente para ser adquirido pela Sony Classics para um lançamento limitado em alguns dos cinemas dos Estados Unidos. Mas é nos mais variados festivais que o filme têm vindo a ser aclamado e a ter mais destaque, incluindo no festival de Edimburgo que venceu o grande prémio na categoria de Best New British Feature. No mês passado, na ultima edição do festival da Catalunha, o Sitges, o filme não só arrecadou o grande prémio de Melhor Filme na categoria oficial de fantástico, mas também levou os prémio de Melhor Actor para Sam Rockwell, Melhor Argumento para Nathan Parker e Melhor Desenho de Produção para Tony Noble.

Em Portugal, o filme vai passar também em competição no Festival do Estoril '09 e vai ser exibido em ante-estreia nacional dia 8 de Novembro.

Sinopse oficial disponibilizada pela Castello Lopes:
A 950 MIL MILHAS DE CASA, O MAIS DIFÍCIL DE ENCARAR… SOMOS NÓS PRÓPRIOS.
Num futuro próximo, o Astronauta Sam Bell (Sam Rockwell) é enviado numa missão de três anos para o outro lado da Lua com o objectivo de vigiar uma mina de Helium-3, um químico que se tornou a principal fonte de energia no planeta Terra. A sua base lunar perdeu a comunicação com a Terra, deixando-o completamente isolado. Felizmente, o seu contrato está quase a acabar e em breve regressará a casa para junto da sua amada mulher Tess e da pequena filha Eve. Mas, Sam sofre um estranho acidente e descobre um segredo que coloca o futuro em questão.

O filme é a estreia de Duncan Jones na realização, depois de ter realizado a curta-metragem Whistle em 2002, também de ficção-científica.

Filmado em apenas 33 dias e depois de três meses de produção (entre Janeiro e Março de 2008), com um orçamento reduzido e com vários problemas de produção mas facilmente ultrapassados, Moon é um filme feito com paixão ao género, uma antítese a tudo que vemos de ficção-científica nos dias de hoje, e inspirado nos grandes clássicos dos anos 70 e 80, tais como 2001: Uma Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick, Solaris de Tarkovsky (teve direito a um remake em 2002 por Steven Soderbergh e com George Clooney), Silent Running e Outland.

Para além disto tudo, não podemos deixar de falar na pessoa que está a ter mais destaque em Moon: Sam Rockwell é claro, com a sua aclamada, multi-facetada e isolada interpretação que parece conseguir suportar o filme todo com enorme sucesso.

O realizador Duncan Jones, com o seu próximo projecto já em pré-produção, promete não largar a ficção-científica tão cedo e desta forma o género só tem a ganhar com isso.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Festival do Estoril arranca amanhã

A terceira edição do Festival do Estoril (Estoril Film Festival '09) arranca amanhã, dia 5 de Novembro, e prolonga-se até dia 14. O festival vai contar com as presenças de David Cronenberg e Juliette Binoche, ambos os homenageados deste ano com direito a retrospectivas da obra completa do realizador e os melhores filmes da actriz. Francis Ford Coppola e Jacques Audiard são outros grandes nomes que também vão marcar presença no Estoril.

Amanha ás 19:30 no centro de congressos é inaugurada a exposição 'Portraits in Eyes', de Juliette Binoche com a presença da actriz francesa, e no dia 6 a apresentação do documentário Juliette Binoche Dans les Yeux realizado pela sua irmã Marion Stalens (ambas presentes). Na sessão de abertura, amanhã ás 22:30, será exibido o mais recente filme de animação de Wes Anderson, Fantastic Mr. Fox, que só estreia nas salas nacionais em Fevereiro de 2010.

Em competição estão 12 filmes de actuais produções cinematográfica europeias, são eles: Duas Mulheres de João Mário Grilo (Portugal); Le roi de l'evasion de Alain Guiraudie (França); Moon de Duncan Jones (Inglaterra); Police, adjective de Corneliu Porumboiu (Roménia); La famille Wolberg de Axelle Ropert (França/Bélgica); Dogtooth de Giorgos Lanthimos (Grécia); Petit indi de Marc Recha (Espanha); The girl de Fredrik Edfeldt (Suécia); Les beaux gosses de Riad Sattouf (França); First of all, Felicia de Melissa de Raaf e Razvan Radulescu (Roménia); Eastern Plays de Kamen Kalev (Bulgária) e Room and a half de Andrey Khrzhanovskiy (Russia).

Fora de competição, e em estreias nacionais, serão exibidos: Tetro, de Francis Ford Coppola (na presença do realizador); Os Sorrisos do Destino de Fernando Lopes (na presença do realizador); The Girlfriend Experience de Steven Soderbergh (na presença da actriz Sacha Grey); The White Ribbon de Michael Haneke, o grande vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2009; (500) Days of Summer de Marc Webb; Bright Star de Jane Campion e o polémico Antichrist de Lars Von Trier.

A sessão de encerramento está a cargo de Un Prophète de Jacques Audiard, vencedor do Grande Prémio do Júri no mais recente Festival de Cannes 2009. E a presença do realizador também já está confirmada.

O júri é composto por David Byrne, Cindy Sherman, Rui Horta, Alexandre Desdelap e Manfred Eicher.

Para mais detalhes e programação é só consultar o site oficial do festival em http://www.estoril-filmfestival.com/