terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Fantasporto 2009

Em primeiro lugar gostaria de dizer que acho a selecção de filmes deste ano boa, mas apenas boa. Dizendo 'apenas' convém referir o que falta neste festival. Em primeiro, e como habitual seguidor do festival, já não é a primeira vez que alguns dos filmes exibidos já se encontram disponíveis em DVD no mercado estrangeiro, mas a meu ver isso é o menos, já que o prazer de assistir ao filme é outro, e logo no Fantas!

Agora só um pequeno aparte sobre a pequena e fraca secção de Orient Express deste ano, isto para para quem esteve habituado nos últimos anos a excelentes selecções, este ano tivemos de nos contentar com apenas 6 filmes, e a maioria do género de terror. Infelizmente um fraco período do cinema asiático...

O 'pior' (entre aspas, note) é mesmo os filmes que faltam a este festival, um Let the Right One In - vencedor do Méliès d'Or Europeu - assentava que nem uma luva no encerramento do festival. Um Watchmen, que estreia brevemente nas nossas salas (a 5 de Março), tinha tudo o que o Unborn e Outlander têm e mais, era comercial e teria de certo mais qualidade que ambos juntos, claro que não seria fácil uma 'estreia mundial'. Outros títulos que tiveram projecção nos mais variados festivais estrangeiros: Repo the Genetic Opera, The Broken, The Burrowers, Martyrs (este ultimo ainda nem dá para acreditar na sua ausência) entre outros... E dos filmes retirados da programação: The Good, The Bad and the Weird, e Babysitter Wanted.

Sobre o festival não podia começar de melhor forma o meu primeiro dia do Fantas (segundo do festival, após uma fraca abertura ou segundo constou). Vi 3 filmes.

Choke de Clark Gregg é um bom filme, divertido, mas sinceramente estava à espera de uma coisa diferente, já que nunca tinha visto o trailer, só tinha lido a sinopse mas estava em mente que se tratava de outra coisa. Fiquei foi com bastante curiosidade em ler o livro, como sabem de Chuck Palahniuk - o autor de Fight Club. Choke (Asfixia): 7/10

Estava com bastante curiosidade em ver Grace de Paul Solet, e foi de facto uma grande surpresa. Apesar de ter por base e muito simplesmente a fórmula batida no género de terror dos ‘mortos-vivos’, o filme tenta não seguir o mesmo caminho. Para ficar na memória: a cena final! Um realizador a ter em conta. Grace: 8/10

O The Unborn de David Goyer só veio confirmar as minhas expectativas que tinha perante o filme: demasiado comercial, previsível e exibicionista. Nem todas as produções conseguem usar CGI para tudo e por nada e esperar que isso resulte em algo assustador. The Unborn (Espirito do Mal): 2/10

No Domingo à noite não pude ir à sessão de The Chaser. Mesmo apesar de já ter visto o filme gostava de ter assistido à sessão. E perante ao resto dos concorrentes na secção Orient Express é sem dúvida nenhuma o favorito.

Fui ver o filme que mais ansiava, um dos mais esperados do festival e o que mais me surpreendeu quando o anunciaram na programação, The Wrestler de Darren Aronofsky. Arrisco a dizer que o filme é para mim um dos melhores exibidos no festival. Um grande drama, no papel da vida de Mickey Rourke (confirmado!). E é interessante ver o Aronofsky, um perfeccionista, realizar um filme assim desta maneira, quando o virem vão saber o que estou a falar. Uma sessão esgotada mas curiosamente um filme pouco aplaudido. 'O' favorito para vencedor da secção Semana dos Realizadores. The Wrestler: 9/10

Em termos de curtas vi apenas duas: Hold Your Fire (fantástico ambiente!) e a aclamada Next Floor (engraçada, mas nada de mais, não percebi o hype). Espero não perder o Mister Hollow.

Falta ver: Eden Lake e Adam Ressurected, no encerramento do festival. E alguns que me tenha escapado no último dia dos premiados (domingo), como já vem a ser habitual. Gostava de ver os já exibidos Primetime e Sexykiller, como fã do cinema fantástico espanhol.